A saúde mental no ambiente de trabalho agora é assunto sério — e obrigatório. A partir de 26 de maio de 2025, todas as empresas que atuam no Brasil precisarão adotar medidas para prevenir problemas psicológicos entre os colaboradores. A mudança vem com a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego em agosto de 2024.
Mas o que isso significa na prática?
Significa que não basta mais só cuidar da segurança física. As empresas devem agir também para evitar o estresse excessivo, conflitos, assédio, cobranças abusivas, falta de apoio, metas inalcançáveis e jornadas muito longas — fatores que estão diretamente ligados ao adoecimento mental.
Por que isso é tão importante?
Nos últimos anos, especialmente depois da pandemia, o número de afastamentos por questões emocionais disparou. De acordo com estudos da It’sSeg, em 2023 houve um aumento de 20% nos afastamentos relacionados à saúde mental. Ou seja, cuidar da mente virou questão de saúde pública — e também de produtividade.
Segundo Danilo Nakandakare, superintendente de gestão de saúde da It’sSeg, essa nova exigência pode ser um divisor de águas: “Desenvolver um plano de prevenção e tratamento dos transtornos mentais é um marco importante para toda a sociedade.”
O que as empresas precisam fazer?
Para ajudar os negócios a se adaptarem às novas regras e criarem um ambiente mais saudável, a It’sSeg separou 4 passos essenciais:
1. Capacitar líderes para uma gestão mais humana
Os líderes têm papel fundamental nesse processo. Eles precisam ser treinados para manter uma comunicação aberta, acolhedora e atenta aos sinais de desequilíbrio emocional nas equipes. Com apoio do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), é possível preparar as lideranças para esse desafio.
2. Fazer diagnósticos e acompanhar de perto
É preciso mapear e monitorar os riscos. Ferramentas como o Censo de Saúde Mental, a HSE Indicator Tool e pesquisas internas ajudam a identificar sinais de alerta. Além disso, analisar dados como faltas frequentes, rotatividade e clima organizacional faz toda a diferença.
3. Criar um ambiente seguro e acolhedor
As pessoas precisam se sentir seguras para falar, errar e pedir ajuda. Estimular a escuta ativa, dar feedbacks construtivos e combater qualquer tipo de assédio ou discriminação são atitudes que fortalecem a saúde mental no trabalho.
4. Oferecer apoio psicológico e programas de reabilitação
Contar com canais de escuta, oferecer benefícios como terapia e atividades de bem-estar, e criar políticas de inclusão para quem está voltando de um afastamento por motivos de saúde mental é essencial. Essas ações ajudam o colaborador e fortalecem a cultura da empresa.
Vale mesmo a pena investir nisso?
Mais do que uma exigência legal, cuidar da saúde mental virou estratégia inteligente de gestão. Como explica Marlene Capel, diretora da B2P, consultoria especializada em gestão de afastamentos: “Empresas que investem em saúde mental reduzem os afastamentos, os custos com o FAP (Fator Acidentário de Prevenção) e ainda se destacam no mercado por atrair e reter talentos.”
Resumindo
A NR-1 traz um novo olhar sobre a saúde no trabalho. Agora, além do capacete e do EPI, precisamos garantir também um ambiente que proteja o bem-estar emocional de todos.
Se você é empresário ou gestor de RH, o momento é de ação. E o Escritório Jade está aqui para ajudar sua empresa a se adaptar a essa nova realidade com segurança jurídica e responsabilidade social.